05 ALTERAÇÕES DO EXERCÍCIO NO CORAÇÃO

Olá, pessoal! Como estão? Aqui é o Dr. Danilo Pereira, médico especializado em medicina esportiva. Hoje, trago mais um vídeo para o nosso canal, onde abordo diversos temas relacionados ao universo da medicina esportiva. Se você é novo por aqui, saiba que toda terça e sexta-feira, ao meio-dia, temos um novo conteúdo para você.

No vídeo anterior, discuti as alterações que o exercício físico causa no coração, destacando a diferença entre o coração de um atleta saudável e um coração doente. Esse vídeo gerou muitas dúvidas, questionamentos e até mesmo angústias em relação aos resultados de exames complementares, que na verdade refletem as adaptações normais do músculo cardíaco diante do estresse causado pelo exercício. Portanto, se você fez um eletrocardiograma, ecocardiograma, teste de esforço ou espirometria e encontrou alguma alteração, não se preocupe. Vamos explorar esse assunto no vídeo de hoje.

O primeiro ponto que gostaria de abordar é o débito cardíaco, que é o volume de sangue que o coração é capaz de bombear para nutrir todo o nosso corpo. Esse débito cardíaco é determinado pela equação do volume sistólico, que é a quantidade de sangue que o coração bombeia a cada batida, multiplicada pela frequência cardíaca. Quanto maior o volume sistólico e a frequência cardíaca, maior será o débito cardíaco, ou seja, maior será a quantidade de sangue que o coração é capaz de bombear.

Uma das alterações mais comuns encontradas no coração do atleta é a diminuição da frequência cardíaca, devido a ações diretas e indiretas do sistema nervoso autônomo. Esse sistema regula as funções do coração, sendo que o sistema simpático aumenta a frequência cardíaca, enquanto o sistema parassimpático a reduz. Pessoas fisicamente ativas apresentam uma maior ação do sistema parassimpático, resultando em uma frequência cardíaca mais baixa. Essa adaptação é conhecida como bradicardia do atleta.

Além disso, a hipertrofia muscular do coração é outra alteração comum em atletas, principalmente no ventrículo esquerdo. Essa hipertrofia é uma adaptação ao treinamento, seja ele aeróbico ou de resistência. Ao contrário da hipertrofia associada a doenças cardíacas, a hipertrofia do atleta é simétrica e harmônica, não sendo desorganizada ou descontrolada. Essa diferença é importante para distinguir se a hipertrofia é decorrente do exercício físico ou se está relacionada a uma doença cardíaca.

Outra adaptação observada no coração do atleta é o crescimento do átrio esquerdo. Quando esse crescimento ultrapassa os limites normais, há um aumento da chance de desenvolver uma condição chamada fibrilação atrial, que é uma desorganização do ritmo cardíaco.

Por fim, as pessoas fisicamente ativas tendem a apresentar valores

mais baixos de pressão arterial devido à menor resistência vascular periférica. O exercício físico promove maior vascularização e dilatação dos vasos sanguíneos, reduzindo a resistência ao fluxo sanguíneo. Isso resulta em uma diminuição da pressão arterial.

Resumindo, essas são as cinco alterações mais comuns que o coração apresenta em pessoas fisicamente ativas. Se você chegou até aqui no vídeo, não se esqueça de deixar o seu like e comentar se tem alguma dúvida ou sugestão de temas para abordarmos futuramente. Não se esqueça também de ativar o sininho para receber as notificações de novos vídeos. Publicamos dois vídeos por semana, e o próximo…

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