CUIDADO AO FAZER DÉFICIT CALÓRICO! (SÍNDROME DA MULHER ATLETA)
Você que é mulher e pratica exercícios físicos regularmente pode enfrentar um problema conhecido como síndrome da mulher atleta. Essa síndrome envolve um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao déficit energético crônico, que pode afetar tanto mulheres quanto homens.
Anteriormente, essa síndrome era conhecida como Tríade da Mulher Atleta, pois estava associada principalmente a um baixo consumo calórico, resultando na inibição da menstruação e aumentando o risco de lesões e fraturas ósseas. No entanto, foi observado que o excesso de treinamento, a baixa ingestão de calorias e a falta de tempo de recuperação afetam não apenas esses aspectos, mas também o funcionamento do organismo como um todo, inclusive nos homens.
O ponto central para o desenvolvimento da síndrome é a oferta inadequada de energia em relação ao gasto durante o exercício. Quando ocorre um déficit energético crônico, o impacto no corpo se torna mais significativo, especialmente quando a oferta calórica diária é inferior a 30 calorias por quilo de peso. Portanto, tanto homens quanto mulheres que desejam melhorar seu desempenho esportivo devem garantir um consumo mínimo de 45 calorias por quilo de peso por dia.
É importante destacar que as mulheres têm uma necessidade um pouco maior de gordura corporal em comparação aos homens para manter o ciclo menstrual regular. Se o percentual de gordura corporal diminuir, geralmente abaixo de 14-12%, o ciclo menstrual pode ser interrompido devido à alta demanda energética do exercício físico, o que compromete a energia necessária para outras funções importantes do corpo, como uma possível gestação.
Além da interrupção da menstruação, outros sintomas que podem indicar um excesso de treinamento incluem perda da libido, alterações de humor, distúrbios do sono, irritabilidade, entre outros. É fundamental estar atento(a) a esses sinais, pois eles podem indicar um desequilíbrio no treinamento e um impacto negativo em diversos sistemas do corpo, incluindo o cardiovascular.
O exercício físico também pode afetar outros aspectos da saúde, como a pressão arterial, perfil lipídico, glicemia e saúde óssea. Por isso, é necessário considerar a realização de exames e avaliações, como a densitometria óssea, para verificar a perda de massa óssea e, se necessário, adotar medidas terapêuticas, incluindo terapia hormonal com estrogênio e progesterona, para promover a recuperação da densidade óssea.
Para diagnosticar a síndrome da mulher atleta, são utilizados questionários que avaliam aspectos como dieta, variações de peso, alterações nos volumes de treinamento, humor, sono e ciclo menstrual. Além disso, é importante monitorar os níveis de vitamina D e realizar exames específicos para avaliar a saúde óssea.
Se você identificar alguns dos sintomas mencionados ou tiver dúvidas sobre a síndrome da mulher atleta, não deixe de buscar orientação profissional especializada. Compartilhe suas experiências nos comentários e participe do nosso canal para receber mais conteúdos relacionados à medicina esport
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