CUIDADO! EFEITOS COLATERAIS DO USO DE HORMÔNIOS PODEM SER IRREVERSÍVEIS!

Olá, prezados leitores, como estão? Sou o Dr. Danilo Pereira, médico especializado em medicina esportiva. Hoje, gostaria de abordar um tema polêmico que tem sido motivo de discussões frequentes no consultório: os efeitos da inibição da produção de testosterona e espermatozoides causados pelo uso de hormônios. Este artigo tem como objetivo analisar a extensão e a velocidade dessa inibição, com base em um estudo realizado em 2021.

O estudo em questão analisou 18 pacientes do sexo masculino, com idades entre 18 e 67 anos, que utilizaram pelo menos dois hormônios com uma dose mínima de 200 mg de cada um deles. O acompanhamento ocorreu ao longo de um ano, com três momentos de análise do eixo hormonal e contagem de espermatozoides por meio de espermogramas.

Para compreender melhor, vamos fazer uma analogia: o corpo humano pode ser comparado a uma casa, onde água, tijolos e cimento representam os componentes essenciais. A água corresponde à hidratação, os tijolos à proteína e o cimento aos carboidratos. Assim como uma construção necessita de caminhões para transportar os materiais, nosso corpo precisa de hormônios para desempenhar suas funções.

No entanto, quando há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de hormônios, ocorre uma inibição do funcionamento adequado. Por exemplo, se você utilizar hormônios externos, estará “contratando” motoristas extras, o que diminui a produção endógena dos seus próprios hormônios. Quando você interrompe o uso desses hormônios, não terá mais motoristas externos e, se sua produção endógena estiver comprometida, ocorrerá uma queda no funcionamento do seu sistema hormonal.

O estudo mostrou que, dos 100 pacientes masculinos acompanhados durante um ano, 63 não apresentaram nenhuma queixa de disfunção hormonal, enquanto 37 experimentaram alguma redução na produção de testosterona e/ou contagem de espermatozoides. Dos 37 pacientes afetados, 25 já haviam usado hormônios por um período entre três e seis meses antes do episódio, o que indica que ciclos repetidos sem intervalos de descanso aumentam a probabilidade de inibição. Seis pessoas utilizaram hormônios por 6 a 12 meses, quatro utilizaram por mais de um ano e duas nunca haviam utilizado hormônios antes, mas experimentaram inibição mesmo no primeiro ciclo.

Os hormônios mais frequentemente relacionados à inibição foram a testosterona (96% dos casos), a trembolona e a grostrotanolona (conhecida como masteron). No entanto, é importante destacar que o desequilíbrio hormonal também pode levar ao desenvolvimento de efeitos colaterais indesejáveis, como ginecomastia.

Quanto à recuperação após o ciclo, vários fatores influenciam o tempo necessário, como a duração do ciclo, a dose e o número de hormônios utilizados. Quanto maiores forem esses fatores, menores serão as

chances de uma recuperação completa. De acordo com o estudo, a recuperação pode levar de três meses a um ano após o ciclo, mas em alguns casos, os efeitos podem ser permanentes.

É importante ressaltar que a ciência ainda não oferece evidências suficientes para determinar com precisão o tempo de recuperação da libido, ereção, orgasmo e prazer sexual. Portanto, é fundamental evitar o uso de hormônios quando não há necessidade médica.

Nesse contexto, convido vocês a acompanharem meu próximo vídeo, no qual discutirei sobre suplementos e recursos ergogênicos que podem ter impacto positivo na performance sem prejudicar a saúde. Agradeço sua atenção e não se esqueça de deixar seu like, comentar, tirar dúvidas e se inscrever no canal para receber as próximas atualizações.

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