TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE TESTOSTERONA (TRT) – RISCO CARDIOVASCULAR?

Segurança Cardiovascular na Terapia de Reposição de Testosterona

Um estudo recente, publicado em junho de 2023, abordou a segurança cardiovascular na terapia de reposição de testosterona. Esse estudo apresentou resultados significativos, porém é importante considerar alguns detalhes antes de iniciar o uso desse hormônio. Se você tem interesse nesse tema, continue lendo este artigo.

O estudo, intitulado “Segurança Cardiovascular na Terapia de Reposição de Testosterona”, foi conduzido de forma multicêntrica, abrangendo diversos locais para recrutamento dos pacientes. Isso minimizou possíveis vieses de seleção e interferências nos resultados. Vale ressaltar que nem todos os estudos possuem alta qualidade, mas este em questão é considerado de alta qualidade.

Tratou-se de um estudo randomizado, que envolveu mais de 5.000 pessoas. Esses participantes foram divididos em dois grupos: um grupo realizou a reposição hormonal e o outro grupo utilizou uma substância conhecida como placebo. Importante salientar que os grupos não sabiam se estavam recebendo o hormônio ou o placebo, pois isso é fundamental para evitar confusões relacionadas ao efeito placebo.

Além disso, o estudo foi duplo-cego, ou seja, nem os pacientes que estavam recebendo a medicação, nem os profissionais que a administravam sabiam qual era o tratamento sendo aplicado. Essa abordagem é relevante, pois impede que o profissional oferecendo a medicação influencie os resultados ou que o paciente acredite estar tomando algo efetivo quando, na verdade, é apenas água. Dessa forma, garante-se um estudo de qualidade.

Os pacientes recrutados para o estudo eram homens entre 45 e 80 anos, com um alto risco cardiovascular pré-existente. Portanto, não estamos falando de pacientes jovens ou de baixo risco cardiovascular. O foco estava na segurança da reposição de testosterona para pessoas com sintomas e diagnósticos de hipogonadismo. É importante destacar que isso exclui indivíduos mais jovens que desejam aumentar sua massa muscular com doses não fisiológicas e desnecessárias de testosterona.

Portanto, os participantes do estudo apresentavam pelo menos duas dosagens de testosterona abaixo de 300 nanogramas por decilitro, indicando baixos níveis hormonais. Ao utilizar a testosterona transdérmica, os níveis foram mantidos entre 350 e 750 nanogramas por decilitro. Mais uma vez, enfatizo que estamos falando de doses fisiológicas, não de doses suprafisiológicas ou de busca por ganhos estéticos em pacientes sem doenças.

Os resultados mostraram que, nesse perfil de população e com as doses específicas utilizadas, não houve aumento do risco de morte por doenças cardiovasculares, como infarto ou AVC. No entanto, é importante ressaltar que isso se aplica a uma população que já apresentava doença pré-existente. Quando comparados a pacientes com níveis hormonais mais baixos e sintomas, não houve piora nos eventos cardiovasculares.

O estudo teve uma duração adequada de cerca de 21 meses, com uma méd

ia de 14 meses. Isso equivale a aproximadamente dois anos de acompanhamento. Essa extensão de tempo permitiu a avaliação consistente dos resultados.

Concluindo, a terapia de reposição de testosterona em homens com hipogonadismo e alto risco cardiovascular não foi inferior em termos de incidência de eventos cardiovasculares maiores, como infarto ou AVC. No entanto, é fundamental compreender que o uso desse hormônio destina-se a pessoas que realmente necessitam dele e não deve ser utilizado indiscriminadamente.

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