Olá, leitores! Sou o Dr. Danilo Pereira, especialista em medicina esportiva. Hoje abordaremos o tema do treino em jejum, analisando sua lógica e se faz mal para o corpo. É importante ressaltar que o conteúdo compartilhado neste blog é resultado da interação com vocês, por isso, continuem enviando perguntas e participando ativamente. Agora, vamos explorar a questão do treino em jejum. Surgiu a ideia de que esse tipo de treino resulta em maior queima de gordura durante a sessão, mas vamos entender melhor. A teoria sugere que, sem carboidratos, o corpo utiliza exclusivamente gordura como fonte de energia.

No entanto, na prática, essa teoria não se sustenta, pois a falta de carboidratos compromete a intensidade do treino. Lembrando da regra FIT (frequência, intensidade, tempo e tipo), a intensidade do treino é fundamental para o emagrecimento, e o carboidrato desempenha um papel crucial nesse aspecto. Outro ponto a ser considerado é a lógica de “fazer mal”. Ao treinar em jejum, sua energia provém da última refeição realizada, portanto, é essencial ter uma alimentação rica em carboidratos na refeição anterior para evitar uma perda de desempenho durante o treino. Se você treina em jejum após uma refeição noturna com baixo teor de carboidratos, seu treino no dia seguinte será afetado negativamente em termos de desempenho, força e potência muscular, o que aumenta o risco de lesões.

Resumindo, desmistificamos dois pontos: o treino em jejum não queima mais gordura do que o treino com uma refeição prévia adequada, e a lógica do “fazer mal” está relacionada à falta de carboidratos para um bom desempenho e prevenção de lesões. Por fim, se o treino em jejum é a única opção em sua rotina para praticar exercícios, é melhor fazê-lo do que ficar sedentário. A adaptação individual e a preferência pessoal também devem ser consideradas.

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